QUATRO POLICIAIS MORRERAM: MEGAOPERAÇÃO NO RIO DEIXA MAIS DE 60 MORTOS E EXPÕE CLIMA DE GUERRA NOS COMPLEXOS DO ALEMÃO E DA PENHA

 


Uma das maiores ações policiais da história do Rio de Janeiro transformou, nesta terça-feira (28), os Complexos do Alemão e da Penha em verdadeiras zonas de guerra. A megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar, batizada de Operação Contenção, mobilizou cerca de 2,5 mil agentes com apoio de blindados e aeronaves, e resultou em pelo menos 64 mortes, incluindo quatro policiais, sendo dois PMs do BOPE (Sargentos Cleiton Serafim e  Heber Carvalho) e dois da Polícia Civil (Investigadores Marcus Vinicius e Rodrigo Velloso).

Policiais mortos em combate


Segundo o governo estadual, o objetivo foi desarticular núcleos do Comando Vermelho (CV), que mantém forte controle sobre as comunidades da Zona Norte. Ao longo do dia, tiroteios intensos, barricadas e drones com explosivos marcaram a ofensiva, considerada a mais letal do estado nos últimos 15 anos.

Confrontos e caos urbano

A operação começou ainda de madrugada e se estendeu por mais de 12 horas. As forças de segurança cumpriram dezenas de mandados de prisão e apreensão contra líderes do tráfico, além de apreender mais de 70 fuzis, pistolas e grande quantidade de drogas.

Vias importantes como a Avenida Brasil e a Linha Amarela precisaram ser interditadas temporariamente, e escolas e postos de saúde suspenderam o atendimento.

Moradores relataram momentos de pânico e ficaram isolados em casa devido aos confrontos. “Parecia um cenário de guerra. A gente só ouvia o barulho dos tiros e helicópteros”, contou uma moradora da Vila Cruzeiro.

Autoridades defendem ação, mas entidades criticam

O governador Cláudio Castro afirmou que o Estado “reagiu a uma escalada de narcoterrorismo” e que a operação foi necessária para conter o avanço de facções. “O que enfrentamos hoje não é mais crime comum. São grupos armados com poder de exército”, declarou.

Por outro lado, organizações de direitos humanos e representantes da ONU cobraram uma apuração independente sobre o alto número de mortos e possíveis abusos. Para especialistas, a ação reacende o debate sobre o uso da força e a ausência de políticas sociais eficazes nas comunidades dominadas pelo tráfico.

Reflexos e investigação

Até o fim da noite, o clima ainda era de tensão nas favelas. Tropas permaneciam em pontos estratégicos e o policiamento foi reforçado em outras áreas da cidade. O Ministério Público e a Defensoria Pública do Rio anunciaram que vão acompanhar as investigações sobre as mortes e eventuais excessos cometidos durante a operação.

A Operação Contenção já é considerada a mais letal da história do Rio, superando inclusive a do Jacarezinho, em 2021, que deixou 28 mortos. O episódio volta a expor o desafio crônico da segurança pública fluminense: como combater o crime organizado sem repetir tragédias em áreas onde vivem milhares de inocentes.

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