O governo dos Estados Unidos enviou uma carta oficial ao secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro oferecendo apoio técnico e operacional após a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou mais de 100 mortos, incluindo quatro policiais.
O documento, assinado por representantes da DEA (Agência Antidrogas dos EUA), expressa solidariedade às famílias das vítimas e coloca o país “à disposição para qualquer tipo de ajuda necessária”. A carta reconhece “a coragem e o sacrifício” das forças de segurança fluminenses.
Segundo o texto oficial:
“Sabemos que a missão de proteger a sociedade exige coragem, dedicação e sacrifício, e reconhecemos o valor e a honra desses profissionais que deram suas vidas em defesa da segurança pública.”
“Neste momento de luto, reiteramos nosso respeito e admiração pelo trabalho incansável das forças de segurança do Estado e nos colocamos à disposição para qualquer apoio que se faça necessário.
A megaoperação, batizada de Operação Contenção, teve como objetivo enfraquecer o poder da facção Comando Vermelho. O caso provocou repercussão internacional e reacendeu o debate sobre segurança pública e direitos humanos nas favelas cariocas.
Autoridades americanas e brasileiras já discutem possíveis formas de cooperação, como intercâmbio de informações, treinamento de agentes e combate ao tráfico internacional de armas e drogas.
O governo estadual afirmou que toda colaboração será conduzida “dentro dos limites da soberania nacional e das leis brasileiras”.
Com a carta de apoio dos EUA ao estado do Rio de Janeiro, abre-se uma nova etapa na operação de segurança pública no estado, marcada por maior internacionalização e possibilidade de aliança técnica entre Brasil e Estados Unidos. Se bem conduzida, essa cooperação pode reforçar a capacidade de combate às facções criminosas que operam transnacionalmente. Contudo, o sucesso dependerá não apenas da entrada de recursos e expertise externos, mas sobretudo da articulação institucional, do respeito aos direitos humanos e da efetiva integração entre as esferas de governo.







